segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sobre Paciência e Motivação


Tenho alguns objetivos na vida e meu otimismo me faz crer que posso alcançá-los. Sempre pensei que eram somente das minhas ações e decisões que eu dependia para que eu conseguisse.

Só que a vida não é assim tão mecânica e nem tão racional. Durante esse processo há um aprendizado envolvido. E nisso, eu descobri que sem ultrapassar algumas das minhas “barreiras”, eu não vou pra lugar nenhum.

Primeiro de tudo é o exercício da paciência. Imediatismo é bom, ser rápida é ser desembaraçada. Mas ser impaciente implica em cobrar demais, chatear (e se chatear) demais, se frustrar, adoecer...

“A pressa é inimiga da perfeição” e sempre foi. Não quero esperar cair do céu, mas preciso aprender que em caminhos lentos também se vai longe.

Quando não consigo o que eu quero (na velocidade que eu quero) isso me desilude e me desmotiva. A ponto de perder o foco, de me sentir perdida, de não ver solução.

E a única forma que eu consigo motivar hoje, é tentando achar saídas malucas, absurdas e rápidas, voltando assim para a impaciência e alimentando um ciclo vicioso de

(In)Paciência /(Des) motivação/(In)Paciência/ (Des)motivação que também pode ser lido como Estresse/Tristeza/Estresse/Tristeza.

E como é notoriamente sabido, quem anda em círculos não sai do lugar!

Estou rodeando o problema, mas ele não vai ser resolvido enquanto não houver aprendizado da minha parte. E essa é a beleza da coisa toda. Sair da experiência diferente, enriquecida.

Vou tentar não perder o foco,me motivar com coisas reais e dar tempo ao tempo.Vai ser meu maio desafio e também meu maior aprendizado.

E no final...É simples como um verso, me diria Carlos Drummond.

Aliás...hoje,Drummond me entenderia...


Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.
(...)
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
(...)
Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.O sofrimento é opcional.

Viver Não dói,Carlos Drummond de Andrade

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